8.13.2005

ESTE HOMEM SABE O QUE FEZ.

Talvez esteja agora de férias, provavelmente em Marbella, a recuperar forças para continuar a exercer a sua autoridade de forma brutal e violenta. Não sei o nome desta criatura. Na Comissaria nenhum polícia tinha a placa de identificação à vista (em Espanha, ao que parece não é costume), no Julgado, os polícias foram sempre chamados a depôr pelo nº. Mas, o' retrato' que lhe tirei de memória, enquanto me agredia, e que depois registei no meu caderno, é suficientemente fiel, já que o advogado espanhol, quando viu o desenho que lhe mostrei, não teve quaiquer dúvidas sobre quem ele era e até disse o nome que não me recordo. Como bem sabe o seu chefe, apreciador de 'polos' publicitários de marcas de wisky, (talvez desconheça contudo, as capacidades das pequenas compactas digitais com 8 megapixeis, que nos permitem, por vezes, ao ampliar as fotos no PC, descobrir pormenores em que nem reparámos no momento do clic... Como sabe, porque assistiu e ajudou, o guarda que me deteve, de cacete empunhado, e que depois me empurou para a parede e me algemou. Como se lembrará o casal que, sentado naquele átrio, aguardava provavelmente o momento da visita a um dos ali detidos). Cheguei a dirigir-me a eles, mostrando-lhes a minha indignação e incompreensão pelo tratamento a que estava no momento a ser vitima;-viraram a cara, num gesto que agora eu compreendo. Como assistiu a mulher que, estranhamente, estava sentada mesmo em frente à porta da Comissaria (então e as regras de segurança anti-terrorismo?) ou será que não estava ali prostrada só a ler umas coisas? Ela assistiu à minha "cordial" detenção, e há-de ter um nome. Como viram, concerteza, algumas das pessoas que passeavam pela rua, já que parte do "espectáculo daí era perfeitamente visível, e à "borla". Como recordarão os tratos "amistosos"a que fui sujeito no corredor das celas, alguns dos detidos, sobretudo os das celas 1 e 2 que estava em frente à mesa onde permaneci algemado e fui continuanente insultado. O da "2" talvez ainda se recorde do momento em que, ao saír por momentos da cela, a quem acenei, apesar de tudo, com um gesto de camaradagem.