8.31.2005
Portal galego da Lingua-forum-apoio e informações vindas de Espanha e de portugal
8.30.2005
Mais (Más notícias) da Galiza
Jovens independentistas da Galiza e Euskal Herria vítimas dos abusos policiais espanhóis
11 de Agosto de 2004
A organizaçom antirrepressiva galega Ceivar denunciou em dias passados um novo episódio de abusos policiais na capital da Galiza, acontecido na passada sexta-feira. Umha jovem independentista galega, militante da entidade juvenil AMI, foi arbitrariamente detida quando caminhava polas ruas de Compostela acompanhada por quatro militantes juvenis bascos. @s cinco fôrom conduzid@s à esquadra policial espanhola de Compostela, conhecida por casos flagrantes de detençons ilegais e maus tratos a pessoas detidas, nomeadamente militantes da esquerda independentista.
Tal como noutras ocasions, as quatro pessoas detidas fôrom obrigadas a realizar flexons totalmente despidas, sendo ameaçad@ polos elementos da polícia espanhola com base num alegado "envolvimento terrorista" dos jovens bascos e da jovem galega.
Depois de diversas humilhaçons e vexames impingidos com total impunidade por membros do corpo policial espanhol, @s jovens fôrom finalmente post@s em liberdade sem qualquer cargo ou acusaçom.
A realidade é que os jovens independentistas bascos participavam numha série de actividades políticas de carácter informativo no nosso país, dentro de umha campanha de denúncia da estratégia repressiva que sofre o movimento juvenil basco. A Polícia espanhola nom perdeu a ocasiom para mostrar mais umha vez o fundamento das denúncias constantes que os movimentos antissistema, nomeadamente as esquerdas independentistas, vimos fazendo público e continuaremos a fazer enquanto nom conseguirmos efectivar os direitos civis mais elementares que sistematicamente som vulnerados polas forças repressivas espanholas.
Lembremos que recentemente NÓS-Unidade Popular denunciou a situaçom de ocupaçom policial que vive Compostela neste ano, alertando contra abusos como os que agora se verificam.
NOTÍCIAS DA GALIZA
8.29.2005
Só fiz uma, porque fui “parado” pelo responsável do Protocolo e da Segurança. Contudo, ele tinha toda a razão; tratava-se de um Aeroporto Militar…
Convém lembrar que durante o regime de Partido Único em Angola (Pós-Independência) a lei proibia, por razões de segurança apertada, que se tirassem quaisquer fotografias, (ao quer que fosse) procedimento que ainda hoje está muito “enraizado” na memória desse povo encantador.
Mesmo nessa circunstância e nesse contexto (uma base aérea militar e um “turista a(o)cidental”), o segurança do aeroporto nunca foi indelicado nem violento. Ficou com o meu passaporte até que o problema fosse esclarecido. Depois, mandou-me seguir o tranquilamente meu destino.
Ainda hoje, quando “desço” em Benguela faço questão de o ir cumprimentar.
Mais tarde, ao relatar o caso a um conhecido comandante da segurança do estado, e para contrapor os seus atenuantes argumentos, mostrei-lhe, no meu portátil, a minha colecção de fotografias aéreas e de boa qualidade, tiradas da net, de várias cidades de Angola, onde, com a ajuda de um pequeno mapa, qualquer mal intencionado poderia arquitectar toda uma operação sem sair da sua casa, fosse onde fosse, desde que estivesse “ligado”.
O meu conhecido, “deitou as mãos à cabeça”! Notavelmente conturbado com o que eu lhe estava a mostrar, dirigiu-se a um dos seus subordinados exclamando algo como «Temos de começar a pensar nisto…»
Em Espanha, acontece o mesmo. Apesar da permanente “Fotofobia”, no meu caso “Foto-Xeno-Fobia”, são os próprios espanhóis a exibir as “aéreas” e não só, das suas principais cidades, com o objectivo de atrair para elas os turistas gastadores.
Concluindo este raciocínio, não há ninguém que diga a esta gente, que um criminoso ou pior, um terrorista, hoje em dia, não vai de “Canon” em punho para as ruas onde ele nem adivinha que há “Rottweilers de cacetete”, expor-se demoradamente para obter imagens perfeitamente inóquas?!!!
Depois, veio o argumento do Bilhete de Identidade. Não tem ponta por onde se pegue. Imaginem que estão na praia a tomar banho em Marbella ou noutra praia qualquer, e que deixaram a carteira com o dinheiro e os documentos no porta-luvas do carro, “encaixado” numa fila de um parque de estacionamento a uns bons metros do sítio onde se refrescam. Aparece um polícia, acha-vos suspeitos e como não apresentam o BI, algema-vos e prende-vos?! Ou será que a Lei nos dá um “tempito” ao cidadão para apertar os calções, vestir a T-Shirt, calçar os chinelos e ir buscar a solicitada documentação? Ou teremos de “tomar banho” com o BI pendurado no pescoço?
Os outros argumentos da Polícia são tão surrealistas (basta ler os posts anteriores e vr os disparates que eles desesperadamente vão dizendo…, cada vez mais.
8.24.2005
OBSESSÃO
8.22.2005
CONSEJOS PARA EL TURISTA:
-EN LA VÍA PÚBLICA
• Cuando vaya una entidad bancaria y saque una gran cantidad de dinero, asegúrese siempre al salir de que no le siguen.
• Evite choques con otras personas o que se le acerquen demasiado. Desconfíe de las ofertas callejeras para limpiarle una mancha o decirle que se le ha caído algo. Puede que se aproveche la oportunidad para quitarle la cartera.
• Lleve los bolsos siempre cerrados y bien sujetos. En el caso de llevar teléfonos móviles, carteras u otras pertenencias en bolsillos de pantalones o chaquetas, sujete bien sus pertenencias y no las pierda de vista.
• Anote en una hoja los datos de identificación de los objetos de valor que posea y guárdela: De qué objeto se trata, la marca, el modelo y el número de serie o fabricación. Indíquelo a la hora de formular su denuncia.
• Desconfíe de las personas que le ofrecen el cambio de moneda más económico. Acuda siempre a sitios oficiales de cambio.
-------------------------------------------
EU ACHO MUITO BEM QUE A ZELOSA GUARDIA CIVIL
AVISE OS TURISTAS DOS RISCOS QUE CORREM AO VISITAR AS SUAS CIDADES.
SÓ ACRESCENTARIA MAIS UM PEQUENO CONSELHO:
ANTES DE SE DESLOCAR A ESPANHA, O TURISTA DEVIA CONSULTAR O SITE DA GUARDIA CIVIL (de onde retirei estes conselhos), IR AO SEPARADOR "BUSCADOS"E CERTIFICAR-SE QUE NÃO TÊM MUITAS SEMELHANÇAS COM ALGUM DOS MUITOS(as)SUSPEITOS QUE AÍ SÃO EXPOSTOS POR FOTOGRAFIA.
SE,POR ACASO ACHAR QUE É PARECIDO(A)COM ALGUM, PODE CLICAR NA IMAGEM EM QUESTÃO, E VER DADOS MAIS CONCRETOS(RAÇA,ESTATURA,ETC), NÃO VÁ ALGUM "DETECTIVE DE RUA" LIGAR PARA UM DOS NºOS INDICADOS NO SITE E COMPLICAR-LHE O DIA...
8.19.2005
COIMBRA
SAÍU HOJE NO JORNAL O “CRIME” UM ARTIGO SOBRE ESTE CASO.
ASSIM COMO “O CRIME” TEVE ACESSO A ESTA DENÚNCIA, ATRAVÉS DA NET, TODOS OS OUTROS ORGÃOS DE INFORMAÇÃO TIVERAM.
DEPOIS DE “O INDEPENDENTE” PUBLICAR/DENUNCIAR ESTE CASO, “O CRIME, QUE JÁ TINHA MANIFESTADO O SEU INTERESSE NA ‘HISTÓRIA’ PUBLICA-O E BEM, PORQUE SE TRATA DE FACTO DE UM CRIME, O QUE COMIGO SUCE
DEU NO DIA 13 DE JUNHO EM PONTEVEDRA.
ALGUNS AMIGOS PRÓXIMOS, QUANDO SOUBERAM QUE EU IRIA CONCEDER UMA ENTREVISTA A ESTE JORNAL REAGIRAM PRECONCEITUOSAMENTE, AVISANDO-ME PARA O RISCO DE, NA OPINIÃO DELES, ESTE PERIÓDICO SER SENSASIONALISTA E PODER RETIRAR CREDIBILIDADE À MINHA ACUSAÇÃO.
CONTUDO, DEPOIS DE PÔR ALGUMAS CONDIÇÕES AO JORNALISTA QUE ME ENTREVISTOU (POR EXº VER O ARTIGO ANTES DE SER PUBLICADO E SUGERIR EVENTUAIS RECTIFICAÇÕES ), A NOTÍCIA SAÍU BEM REDIGIDA E INTELIGENTEMENTE REMATADA COM O CASO DO AGRICULTOR ESPANHOL RECENTEMENTE ASSASSINADO PELA
“GUARDA CIVIL DE ESPANHA”
DEIXO AQUI PUBLICAMENTE O MEU AGRADECIMENTO AO POPULAR JORNAL –É EXACTAMENTE JUNTO AO NOSSO POVO QUE EU QUERO CHEGAR E ALERTAR PARA OS RISCOS QUE CORREM, E PARA A FALTA DE SOLIDARIEDADE INSTITUCIONAL QUE COBARDEMENTE SE “AGACHA” PERANTE CASOS COMO ESTE.
SENTI QUE A MINHA "LUTA" COMEÇAVA A TER RESULTADOS, QUE PROVAVELMENTE EM ESPANHA, PONTEVEDRA, SEMPRE QUE OS CRIMINOSOS E
AMEDRONTADOS POLICIAS AGRESSORES ABREM ESTE BLOGUE, PARA VER ATÉ ONDE “O PORTUGUÊS VAI” SENTEM O ARREPIO DA VERDADE E DE ALGUÉM QUE DEPOIS DE UMA SUPREMA HUMILHAÇÃO POUCO TEM A PERDER…
POUCO ME INTERESSA QUE A DITA “IMPRENSA DE REFERÊNCIA” CONTINUE A “FAZER DE CONTA”, E A ENCHER AS SUAS PÁGINAS COM INTRIGAS E ESPECULAÇÕES POLÍTICAS, MAL ALINHAVADAS...
POUCO ME INTERESSA QUE O VOLUMOSO “EXPRESSO” CONTINUE A SERVIR DE ‘LOGOTIPO’ AOS DOMINGUEIROS COM PACHORRA PARA CARREGAREM ATÉ À ESPLANADA DE UM QUALQUER CAFÉ AQUELE SACO DE PLÁSTICO ATAFULHADO DE LIXO PUBLICITÁRIO.
"SOLIDARIEDADE COM GONÇALO DIAS!"
Fátima Louro said...
2:54 PM, Agosto 18, 2005
ISTO SIM
, DÁ-ME A FORÇA QUE PRECISO E PRECISAREI PARA PROSSEGUIR.
SÓ TEREI FÉRIAS E DESCANSO QUANDO A JUSTIÇA FOR FEITA (TALVEZ DURE UNS ANOS), NOS TRIBUNAIS DE ESPANHA, CUSTE O QUE CUSTAR.
DEPOIS DISSO, TALVEZ CONSIGA VOLTAR A “ENCAIXAR” A PEÇA DE' LEGO' QUE AGORA ME FALTA, ESSE PEDAÇO DA MINHA TRANQUILIDADE E DO MEU “EU”, ROUBADO NO DIA 13 DE JUNHO PELA POLÍCIA DE PONTEVEDRA. COMO REFERE E BEM O ARTIGO DO CRIME, NÃO PRETENDO "GANHAR" UM CÊNTIMO COM A INDEMINIZAÇÃO QUE, ESTOU CERTO, ME É DEVIDA.
SE, COMO É A MINHA PROFUNDA CONVICÇÃO, A VERDADE DOS FACTOS FOR COMPROVADA, ENTREGAREI ESSA EVENTUAL INDEMINIZAÇÃO ÀS ORGANIZAÇÕES QUE, SOBRETUDO EM ESPANHA LUTAM APLICADAMENTE E COM MUIT DIFICULDADE CONTRA A XENOFOBIA E CONTRA OS ABUSOS POLICIAIS, JÁ TÃO RECORRENTES NAQUELE PAÍS. EM PORTUGAL FAREI O MESMO, PORQUE TAMBÉM OS HÁ E EM "CRESCENDO", CONTRA AS MINORIAS. REPARE-SE NA ENCENAÇÃO DO CASO DA PRAIA DE CARCAVELOS... DAS POSTERIORES CONSEQUÊNCIAS A QUE ESSA MANIPULAÇÃO DEU LUGAR, E AO RECENTE "PATRULHAMENTO ELEITORALISTA" QUE ESSA ZONA BALNEAR AGORA CONHECE. ESSAS MINORIAS, NÃO TÊM RECURSOS PARA EXIGIR JUSTIÇA, DORMEM SOBRE UMA CAMA DE PREGOS"...
8.17.2005
A nossa comunicação social...
Notícia editada pelo público no dia 12 de Agosto de 2005:
Sexta, 12 de Agosto de 2005
Autópsia confirma que agricultor espanhol morreu das agressões sofridas na Guarda Civil
Nuno Ribeiro, Madrid
Quanto ao "O Público":
A atitude editorial deste jornal não me espanta, já que, quando sofri,em 12 de Dezembro de 2003, o acidente vascular Cerebral (AVC) e fui comprovadamente vítima de negligência dos Serviços de Emergência Médica (112) que, após um esforço titãnico, para lhes ligar, remeteram-me para «os bombeiros da minha área» e ditaram-me com maus modos esse número de telefone, que fixei, ( ainda hoje não sei como tive a capacidade de o fazer e de ligar pois estava a morrer). Quando saí do hospital, depois de atravessar,durante longos dias, a "Morte Branca", tentei, revoltado com o sucedido, uma carta para "O Público", acompanhada de um desenho, que, na altura era a única coisa que conseguia fazer... Nem resposta do Sr. Director, nem tão pouco a edição da carta. depois, desisti, concentrei todas as energias que podia na minha reabilitação que, em primeiro lugar passou por muitas e falhadas tentativas de me levantar da cadeira de rodas onde fiquei "estacionado". O Sr. Director do "Público" e o 112, têm esses registos, talvez no "arquivo morto", mas, como é costume dizer; «Deus perdoa, mas não esquece...». Fui dos primeiros leitores desse diário. lembro-me do entusiasmo com que comprei a 1ª edição que prometia uma nova atitude, um grafismo mais apelativo, conteúdos mais liberais e diversos. Com o passar dos anos "O Público" decaíu e degradou-se, provavelmente vítima da sua atitude mercantilista. Passou a ser um banal e desinteressante diário.
Sexta, 12 de Agosto de 2005
Autópsia confirma que agricultor espanhol morreu das agressões sofridas na Guarda Civil
Nuno Ribeiro, Madrid
Tudo foi filmado e as imagens incriminam o chefe do quartel de Roquetas do Mar por abuso de autoridade e uso de armas não regulamentares.
8.13.2005
ESTE HOMEM SABE O QUE FEZ.
ampliar as fotos no PC, descobrir pormenores em que nem reparámos no momento do clic...
Como sabe, porque assistiu e ajudou, o guarda que me deteve, de cacete empunhado, e que depois me empurou para a parede e me algemou.
Como se lembrará o casal que, sentado naquele átrio, aguardava provavelmente o momento da visita a um dos ali detidos). Cheguei a dirigir-me a eles, mostrando-lhes a minha indignação e incompreensão pelo tratamento a que estava no momento a ser vitima;-viraram a cara, num gesto que agora eu compreendo.
Como assistiu a mulher que, estranhamente, estava sentada mesmo em frente à porta da Comissaria (então e as regras de segurança anti-terrorismo?) ou será que não estava ali prostrada só a ler umas coisas? Ela assistiu à minha "cordial" detenção, e há-de ter um nome.
Como viram, concerteza, algumas das pessoas que passeavam pela rua, já que parte do "espectáculo daí era perfeitamente visível, e à "borla".
Como recordarão os tratos 
"amistosos"a que fui sujeito no corredor das celas, alguns dos detidos, sobretudo os das celas 1 e 2 que estava em frente à mesa onde permaneci algemado e fui continuanente insultado. O da "2" talvez ainda se recorde do momento em que, ao saír por momentos da cela, a quem acenei, apesar de tudo, com um gesto de camaradagem.
8.12.2005
SOLIDARIEDADE:
.
Tenho recebido também
a solidariedade e apoio dos verdadeiros amigos, da família, dos meus filhos.
A todos agradeço. Não o podendo fazer, para já, individualmente, aqui deixo o meu reconhecimento a todas essas pessoas que, como eu, vivem formadas por princípios nobres e vêem o próximo como se vêem a si próprios; com os mesmos direitos, com os mesmos deveres, com a mesma obrigação de respeitar as diferenças quaisquer que elas sejam.
Os que se mostram indiferentes, e continuam a olhar para as suas próprias barrigas e a fazer render o sangue e o terror nas páginas dos seus (tele) jornais “elitistas” fiquem com os seus actos e a sua (in)consciência, e se assim dormem em paz...
Uma referência ao Bloco deEsquerda, onde em deixei, em primeiro lugar, uma mensagem com esta denúncia (lembrei-me do caso da concentração em Elvas e das consequências que teve posteriormente, quer a nível institucional, quer ao nível mediático). Para além dessa mensagem escrita, telefonei para o nº que indicava a página deste partido; atendeu-me uma secretária, que me disse que o Sr. Dr. Louçã não estava e que não estava autorizada a dar-me o seu nº de telefone. Compreendi, claro, são pessoas" importantes" mas, veio-me à memória os tempo em que via frequentemente, na noite, o 'outro Dr.', o Miguel, no Majong do Bairro Alto e pensava «estes tipos são diferentes, são de carne e osso», Insisti e a monocórdica telefonista ao assegurar-se que eu já tinha deixado o relato na página própria, sossegou-me com um «Se já deixou a mensagem, vai ser respondida concerteza» .Não foi, conceteza...
8.10.2005
8.08.2005
Edito neste post cópia do mail que o Gabinete de Imprensa da Comissaria de Pontevedra enviou, ao jornal que publicou a minha denúncia (antes de sair o artigo) em resposta a um pedido de informações, sobre omeu caso.
Para além dos referido "tratamento cordial" que não me merece sequer um comentário, este texto é, do meu ponto de vista, uma desesperada "fuga para a frente"onde, em meu entender, é posto em causa, pela própria Autoridade, o Sistema Judicial Espanhol;
Fica expresso neste documento, que fui julgado e condenado apesar de ainda não o saber...
A ser verdade, é pertinente perceber como é que a acusação tem acesso a esse veredicto, através de quem, e sem que eu ou o meu constituido advogado de defesa tenham qualquer conhecimento.
Acresce que em Espanha, como em Portugal, decorre o período de férias judiciais.
Se foi uma tentativa de evitar que o semanário "O Independente" publicasse o artigo, dando a entender que eu era supostamente um índividuo condenado e mentiroso, não só falhou essa intenção como é mais uma acção que, em breve e em Tribunal, só describilizará a própria polícia como a colocará mais uma vez numa posição no mínimo "incómoda".
Se, por último, e continuando a especular sobre o "absurdo", é uma tentativa de me intimidar, também não colhe, a minha determinação e a minha postura estão imunes a 'rasteiras' e a sublminares más intenções.
Acaba aqui, por enquanto, o relato ilustrado e baseado em factos concretos da minha “experiência Kafkiana” em Pontevedra, na Galiza.
Passarei às “Coincidências excessivas” que me fizeram sentir “asfixiado” numa já posterior e muito recente deslocação à Catalunha, motivada por um convite que me chegou por mail (no dia em que regressei do já citado julgamento), para uma Exposição Colectiva de Arte, numa cidade próxima de Barcelona (Granollers) onde expus na galeria “Virtuart” 19 fotografias da série ‘Angola 2004’ e 3 pinturas (www.grupovirtuart.com ).
É altura para demonstrar como procurei desesperadamente (e sem resposta) denunciar este grave “Incidente” de abuso policial, tortura física e psicológica sobre um cidadão que julgava estar descontraidamente a “esticar um fim-de-semana” para descansar, para fotografar, para não fazer nada…
É altura para referir a generalidade dos media que revelaram um total desinteresse por este assunto, que urgia denunciar e tornar público, em nome e para protecção de todos aqueles que, não tendo os mesmos meios que eu tive, são também agredidos e torturados, vítimas de “lamentáveis e sangrentos equívocos” e que tantas vezes apodrecem e morrem nas obscuras e repugnantes cadeias deste mundo
Os responsáveis dos jornais e dos canais televisivos (a que tentei também chegar por meio de antigos assessores de imprensa. com a ajuda de um homem com “H”, um deputado que sentiu este caso como se fosse seu e consequentemente tudo fez para me ajudar e apoiar (o Engº Jorge Moreira da Silva.
Desses meios de comunicação, com excepção de “ O Independente” que rapidamente, após ter tido conhecimento do caso através de uma das milhentas denúncias que fiz na net (essa para o “pt indymedia.org”) publicou, no passado dia 5 de Agosto um extenso artigo/entrevista brilhantemente elaborada pelo jornalista Augusto Freitas de Sousa e ilustrada com uma fotografia de João Cortesão Gomes, falarei com mágoa, e indignação que a indiferença e a negligência me provocou.
…Também em nome do jovem Brasileiro e da sua família, que teve menos "sorte" do que eu, barbaramente abatido com cinco tiros na cabeça, no metro de Londres por “excesso de zelo policial”, acto depois ‘branqueado’ pelo Sr. Tony Blair; «A polícia está a trabalhar em condições extremamente difíceis…»
É também o momento para ponderar se vale a pena habitar esta Europa, “lamber as feridas” e tentar seguir em frente no meu desígnio de Homem Livre, onde quer que seja.
É talvez agora a também a altura, por estar mais tranquilo, de rasgar a resistente pele de “corajoso” que desde o que me sucedeu tenho envergado diariamente, para ultrapassar as sequelas de tanta humilhação e terror, para conseguir dormir sem recear os agora constantes pesadelos e sobressaltos e acumular energias para levar até ao fim a minha luta, até que seja feita justiça exemplarmente.
Não procuro com este blogue, a vingança, a tão ‘marialva’ atitude portuguesa do «agarre-me senão..», mas quero aqui denunciar, denunciar sempre o que é infame, ilegal, inconsciente e intolerável num país dito democratico mas que cada vez mais transforma esse conceito numa espécie de imagem abstracta, desfocada, mal conservada e, por isso, prematuramente encarquilhada e esbatida.
OS FACTOS: 38
Neste momento e dado o facto dos tribunais espanhóis se encontrarem em período de férias judiciais, aguardo o veredicto do julgamento que, segundo a informação dada, na altura, pelo meu advogado espanhol, seria no máximo uma coima no valor de 140,00 €, (20 dias x 7€/dia) a que, a acontecer, recorrerei de imediato por uma questão de princípios, de carácter e de Justiça.
O advogado informou-me também, que só provavelmente em princípios de Setembro, receberia no correio o resultado oficial desse julgamento. De facto, até ao momento não recebi qualquer carta de Espanha.
8.04.2005
OS FACTOS:
33 a 36
33- Na minha defesa, esteve presente o advogado oficioso que a polícia chamou no dia da detenção, quando procedeu ao interrogatório final, no momento da minha libertação.
34- Na sala, para além da Juíza, estavam presentes duas Fiscais (equivalentes aos nossos representantes do Ministério Público).
35- O julgamento iniciou-se com a minha chamada, e um breve interrogatório feito pela Juíza sobre o facto de que eu era acusado, isto é, se me tinha negado a apresentar a minha identificação ao polícia que primeiramente me abordou, na rua, o que eu neguei.
De seguida foram chamados individualmente os três já referidos polícias, a quem foi colocada a mesma questão.
Ouvidos separadamente, os polícias entraram em contradição nos seus testemunhos, sobretudo quando o meu advogado os confrontou, na fase final dos seus depoimentos, com o documento (interrogatório) feito na esquadra, e no qual estava explícito exactamente o contrário daquilo que então era acusado.
36- Por último o meu advogado solicitou a presença da Susana como testemunha.
A Juíza fez-lhe uma única pergunta: «Quanto tempo tinha ela demorado a chegar à Comisaria com a minha identificação desde que o polícia lhe telefonou, do meu telemóvel a solicitá-la». A resposta foi tão breve quanto a pergunta: «Dois minutos».


