7.24.2005

Enquanto estive preso, e mesmo quando estava a ser agredido, concentrei-me em fixar todos os pormenores: os sítios, as caras, os detalhes, etc que registei nos dias seguintes no meu pequeno caderno de viagem. Mais tarde, em casa e em liberdade, passei esses registos para uma enorme tela acrilica, ex- cartaz de propaganda eleitoral que encontrei na noite anterior à agressão junto ao rio da cidade. Neste painel, a minha macabra história funde-se de certo modo com a história de Don Quixote de Cervantes, que aparece em primeiro plano, não com a tradicional espada, mas com a minha máquina fotográfica...