
No dia seguinte, decidimos dar um passeio com os miúdos pela cidade. Dirigimo-nos para o rio que no pequeno mapa fornecido pelo hotel, tinha uma enorme presença. Contudo, tal como em Portugal a seca há muito atingiu esta região e o que encontrámos foi um enorme e desolador "rio seco" cujo único interesse actual são os bonitos graffitis que adornam os muros que continham o desaparecido caudal. Invertemos então o sentido do passeio e caminhámos em direcção ao centro da cidade e foi nesse percurso que o céu de Granollers começou, para mim, a tornar-se mais negro.




Assim que "dobrei" a esquina e dei com ele de caras, o fulano, que não contava com essa atitude, baixou-se apressada e atabalhoadamente, fingindo estar a abrir com o telemóvel a grade encerrada da loja mais próxima que por sinal tinha a entrada em nicho. Foi então que tive a confirmação que andava mais “acompanhado” do que supunha. Chamei a Susana à parte, disse-lhe a verdade, (ela também se lembrava de ter visto o mesmo tipo mais do que uma vez, coincidindo a sua descrição rigorosamente com a minha) e pedi-lhe para voltarmos para o hotel. A partir daí não tirámos os olhos dos miúdos, por um instante que fosse.
